terça-feira, 5 de maio de 2015

Significado do zum zaravalho...


A saudação foi criada a partir do depoimento de índios paraguaios na guerra do Paraguai. Havia entre as tribos do país um grande medo de um soldado brasileiro que era um terrível assassino de índios, o soldado Henrique Zaravalho. Henrique aproveitava o contexto da guerra para dizimar populações indígenas por todo o país. Contam os índios que vivem lá que seus antepassados fugiam desesperados ao verem a figura de Henrique Zaravalho se aproximando. A saudação foi criada pelos soldados brasileiros como uma forma de enaltecer a força e eficiência do jovem soldado Henrique. Acompanhe conosco a interpretação da saudação, que reproduz os depoimentos das tribos aterrorizadas na época da guerra:"
Tradução da saudação do colegio
Zum Zaravalho opum Zarapi Zoqué, o qué qué o qué qué Zum
Por sua rapidez na hora do ataque, o soldado foi chamado pelos índios de Zum Zaravalho, onde a expressão Zum caracteriza uma onomatopéia, referente à velocidade de Henrique. O termo "opum" no dialeto da tribo significa "esfaquear, ferir com faca", logo, as tribos contam na saudação que Zaravalho esfaqueou o cacique Zarapi e o pajé Zoqué, em um ataque surpresa e veloz, acompanhado dos gritos assustados dos patos e marrecos que, da lagoa próxima, assistiam tudo. Logo, "o qué qué, o qué qué" também significa uma onomatopéia, referente ao som emitido pelos animais. Após o ataque rápido e mortal, Henrique sumiu pela floresta adentro, com extrema velocidade, o que dá origem ao "zum" do final do trecho. É interessante notar que as tribos ultilizavam as onomatopéias em grande escala, o que lhes permitia relatar fatos ocorridos em poucas palavras.
Pinguelim pinguelim pinguelim
Esse trecho refere-se ao cadáver do cacique Zarapi, que após ser assassinado com 3 facadas no peito, ficou estirado em cima de uma pedra com seu sangue pingando no solo: Pinguelim... pinguelim... pinguelim... Note que a repetição da palavra expressa a idéia do sangue pingando sem parar, constantemente: pinguelim, pinguelim, pinguelim...
Zunga, zunga, zunga Cate marimbau Cate marimbau Eixau eixau Colégio!!!
Finalizando, vem o trecho que nos deu mais trabalho para fazermos a interpretação. Foi preciso viajar muitos quilômetros pelo Paraguai, colhendo depoimentos de muitas tribos para chegarmos a um consenso. A palavra "zunga" nos dialetos de 4 das 7 tribos consultadas significa "matar, tirar a vida, arrancar-lhe a alma", logo, sua repetição ilustra algo que se tornou constante na época da guerra: o soldado Henrique Zaravalho matando índios por todo o país. A expressão "marimbau" era o nome dado pelos indígenas a um colar feito de pedras preciosas, que apenas os índios guerreiros podiam carregar no pescoço. "Cate marimbau" significa que depois de matar guerreiros indígenas, o bravo soldado brasileiro catava os colares dos cadáveres. "Cate marimbau" se repete na saudação para expressar mais uma vez as muitas vezes em que o fato ocorreu. Foi dificílimo descobrir o sentido de "eixau", que significa os índios imitando as palavras que Henrique Zaravalho dizia após matar mais um índio. Isso porque o soldado valente tinha a mania de matar os índios e depois dizer em alto e bom som, debochando dos outros índios que assistiam, aterrorizados,ao assassinato do companheiro: "Êêê Tchau!!!". Assim, a história foi contada de geração pra geração, e os mais velhos contavam para os mais novos o que escutaram da boca do assassino depois de verem ele executar friamente seus amigos: "Êêêi Xau Êêêi Xau".
O brado "colégio!!" no final da saudação foi introduzido depois, quando a adaptaram para ser a saudação do Colégio Militar do Rio de Janeiro, que foi criado para abrigar órfãos da guerra do Paraguai, entre eles Felipe Zaravalho, filho de Henrique, que foi morto no último ano da guerra com uma flechada nas costas. Durante toda a guerra, essa letra que acaba de ser decifrada serviu para incentivar as tropas brasileiras, entusiasmadas pela força e coragem do jovem soldado Henrique Zaravalho.



23 comentários:

  1. Tem referência bibliográfica ou alguma fonte segura ?

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  2. fake...
    página 16 deste livro:

    https://books.google.com.br/books?id=AUZwDwAAQBAJ&pg=PT182&lpg=PT182&dq=%22E+ao+Col%C3%A9gio,+nada?Tudo!Ent%C3%A3o+como+%C3%A9?+Como+%C3%A9+que+%C3%A9?Zum,+zaravalho,+opum,+zarapim,+zoq%C3%BC%C3%A9,Oq%C3%BC%C3%A9-q%C3%BC%C3%A9,+oq%C3%BC%C3%A9-q%C3%BC%C3%A9,+ZUM!Pinguelim,+pinguelim,+pinguelim.Zunga,+zunga,+zunga.Cate+marimb%C3%A1u,+cate+marimb%C3%A1u,Eix%C3%A1u,+eix%C3%A1u.+Col%C3%A9gio!&source=bl&ots=o0gPKlkhao&sig=ACfU3U1nlv_lIcCad-jnR7ulhUzg2_xpVA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjF39PF_4LhAhUQF7kGHe-5AuAQ6AEwBHoECAQQAQ#v=onepage&q=%22E%20ao%20Col%C3%A9gio%2C%20nada%3FTudo!Ent%C3%A3o%20como%20%C3%A9%3F%20Como%20%C3%A9%20que%20%C3%A9%3FZum%2C%20zaravalho%2C%20opum%2C%20zarapim%2C%20zoq%C3%BC%C3%A9%2COq%C3%BC%C3%A9-q%C3%BC%C3%A9%2C%20oq%C3%BC%C3%A9-q%C3%BC%C3%A9%2C%20ZUM!Pinguelim%2C%20pinguelim%2C%20pinguelim.Zunga%2C%20zunga%2C%20zunga.Cate%20marimb%C3%A1u%2C%20cate%20marimb%C3%A1u%2CEix%C3%A1u%2C%20eix%C3%A1u.%20Col%C3%A9gio!&f=false

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    1. Ou seja, porque está escrito em UM UNICO LIVRO então é verdade absoluta e não se pode duvidar.

      Cara, como vocês conseguem ser tão fracos em argumentação assim?

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  3. Triste demais...enaltecer um assassino de índios...Fácil combater com arco e flexa onde do outro lado temos canhões e mosquetes...Isso é covardia...Apenas os verdadeiros donos dessa terra e humanos

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    1. Cara, para de ser retardado. Pense com olhos e comportamento à época. Os índios se matavam, estupravam , etc etc etc.

      Acho muito engraçado o cara de dentro casa dele, no meio da cidade, com acesso à internet ficar falando de 200 anos atrás onde MUITO PROVAVELMENTE onde ele mora era dominado por índios. Quer dar uma lacrada? Vai viver no mato e pare de encher o saco. O que vc tem hoje e usa hoje é por conta de pessoas que SIM desbravaram.

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  4. Não se deve julgar ato passados a 160 anos sob a perspectiva do mundo de hoje, pois a visão de humanidade que hoje conhecemos ainda não existia, que é uma visão, uma ideia, relativamente nova. Os gritos de Guerra são muito importantes para a tropa em combate, principalmente quando diz respeito a atos heroicos, pois os atos de Zaravalho, na então Guerra do Paraguai, foram sim heroicos, uma vez que seus atos pouparam a vida de vários soldados brasileiros.
    Acho que o grito de guerra do CM não deveria ser entoado, pois está fora de contexto histórico. A nação que esquece das guerras é uma tola, porém seus detalhes não precisam ser relembrados.

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    1. vadia o cara nem existiu e tu tá defendendo ele, vai lamber botas de alguém vivo

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    2. Falou o cara "cheio de argumentos"

      vcs são a piada pronta.

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  5. ...fato que enxovalha para os dias atuais, o bom nome desse colégio considerado marco inicial na carreira militar de destacados oficiais do nosso exercito, motivo de orgulho pra toda nação.

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  6. Não esqueçam que a Guerra do Paraguai foi iniciada por Solano Lopez, com o apresamento do vapor Marquês de Olinda, cuja tripulação e, também, os passageiros, morreram todos nos cárceres paraguaios, seguindo-se a invasão do Mato Grosso, no curso da qual houve a epopeia da Retirada da Laguna, a custa da vida de muito brasileiros. O Paraguai se preparou para a guerra e a desencadeou, pegando um Brasil despreparado para enfrentá-la. E o exército daquele país, pela origem da sua população, era predominante indígena. Portanto, há de se mergulhar na história para compreender os fatos no tempo e no contexto em que eles ocorreram. Há, sim, de se homenagear aos que, no passado, deram suor, sangue e a própria vida pelo Brasil e para todos que deles herdaram o País que hoje temos.

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  7. O ensino do componente curricular de História só faz sentido se for para "julgar fatos do passados", bem como seu impacto no presente e no futuro. Do contrário, será mera "contação de causo" e, o que é pior, financia com o dinheiro público.

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  8. Seria leviano da minha parte dizer que os milicianos de hoje são consequência direta de atuações no passado como a de Zaravalho. Entretanto, exaltá-lo pelo que foi, sem julgar o passado, se não deixa um rastro de fatos, deixa um rastro ideológico inegável e indefensável. Até porque heróis só merecem lugar nos pódios da história e nos da mente de nossos jovens - e aqui é o caso - se dissermos o que eles fizeram. É triste exaltar alguém porque no passado, por ânimo próprio e não por doutrina militar, fez igual o ou pior que os milicianos fazem hoje, afirmando que o fazem "em nome do bem" ou "em nome das pessoas de bem".

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  9. Acho muito importante conhecer a história de um país e acho muito complicado se falar em "julgar fatos passados", porque nunca teremos conhecimento de tudo que se passou verdadeiramente, mas apenas as versões dos eecritores, que em sua maioria não presenciaram os fatos, mas passam implicitamente sua opinião para os leitores.

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  10. Acho essa explicação do zum zaravalho meio fantasiosa, principalmente o significado apresentado pra "Cate marimbau e eixau" . Há alguns textos na internet afirmando que se trata de uma invenção de um ex-aluno em 2005.

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    1. Impossivel. Eu estudei no CM de Brasilia entre 95 e 96 e já usávamos essa saudaçao.

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  11. Vergonha esta APM. Aonde estão as provas? Ah! peraí: a saudação foi criada a partir do depoimento de índios....parece mais historias da carochinha. Acham mesmo que se esta estória bizarra fosse verdadeira o EB adotaria este grito em suas instituições? É de tremenda irresponsabilidade este SITE vir divulgar estas pulhas. Antes de criticarem, pesquisem.

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    1. entao vc precisa de um vídeo em 4K com som soundhound 5.1 para ser verídico.

      É cada babaca que me aparece....

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  12. Que coisa mais brega. É a cara do militarismo.

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  13. * ONGLEI, ONGLEI, ONGLEI *

    ( O CANTO DO GUERREIRO )

    Estudava ainda na 3ª série do curso primário, na Escola Mista Rural São Vicente de Paulo, na então Vila São Vicente de Paulo, atual Bairro Borboleta, no ano de 1955.
    Ainda não completara 10 anos, o que somente ocorreria no mês de novembro.
    A professora era Dª Aline, uma substituta, a 2ª, natural da cidade de Mar de Espanha, uma moça magrinha, morena clara, olhos e cabelos negros e médios.
    Um belo dia apareceu em nossa sala de aula, dois homens. Um se apresentou como inspetor escolar, Dr. Fábio Neri, que viera até nossa Vila para ver como estavam os estudos e apresentou o outro, um índio, que dizia se chamar “Guaicuru Umburaé”, da tribo dos Guaicurus, índios cavaleiros do Mato Grosso.
    Dª Aline, disse que tal figura estava se apresentando em todas as salas de aulas, mostrando um pouco da cultura indígena, pois que estávamos comemorando a semana do índio.
    De porte médio, cerca de 1,70 m. de altura, cabelos negros como a asa da graúna, aparados à altura das orelhas, em corte arredondado, de um bronzeado que chamava a atenção. Não era queimado de sol não; o tom da sua pele era quase avermelhada, o que realçava seus pequenos olhos negros e amendoados. Parecia ter uns 30 anos e não pronunciava bem as palavras, sendo ajudado pelo inspetor.
    Com um pouco de boa vontade, nós, os alunos, todos da mesma faixa de idade, que estávamos estudando já mais de dois anos (a idade obrigatória para se matricular na primeira série do primário, era de 07 anos completos) entendemos sua mensagem, num grande silêncio, quando o descendente de nossos primeiros habitantes começou a explicar o canto que iria nos ensinar.
    Não me lembro quase nada do que explicou, em que ocasiões era entoado, nem para que servia, mas, pelo som e entonação da voz, deveria ser para comemorar alguma vitória em batalhas entre as tribos.
    Desde então, já faz mais de 66 anos quando ouvi tal canto em uma única ocasião, guardo comigo sua música e sua letra.
    Quando canto, primeiramente devagar, pausadamente e depois acelerado, como ouvira naquele longínquo ano de 1955, não consigo explicar como ficou gravado em minha mente até os dias de hoje, a música do índio Guaicuru Umburaé.
    Minha esposa e filhas, que até hoje não sabem de cor a música inteira, brincam comigo, quando canto a música para elas e até para minha netinha, que já solfeja as sílabas finais, dizendo que ninguém mais no mundo sabe tal canto e não sabem como eu inventei tais sons enrolados.
    Aí vai a letra do canto inexplicável, que até hoje martela minha mente:

    “ONGLEI, ONGLEI, ONGLEI
    BEREPETE ONGLEI
    BEREPETE AU;
    CADA FAU, FAU, FAU, LELÊ.
    MIS TACOTARO TIROLILO
    CLI CLÓ CLÓ TORORÓ FLU FLU,
    ZUM ZARAVÁ ATIL ABUS CUÊ CUÊ, Ô CUÊ CUÊ,
    ORRÊ OÊ PINGUILIM, PINGUILIM PIM PIM.
    TCHUNGA, TCHUNGA, TCHUNGA
    CARAMANÉ PUNGA, CARAMANÉ PAU,
    CADA FAU, FAU, FAU, LELÊ.”
    (escrevi conforme o som ouvido - Não tenho o texto escrito)

    Alguém que, lendo estas linhas e entendendo sua mensagem, por favor, queira se comunicar comigo, que ficarei muito grato.

    VICENTE DE PAULO CLEMENTE
    RUA VALENTIM CLEMENTE, 65
    BAIRRO BORBOLETA
    CEP. 36035-490
    JUIZ DE FORA – MG.
    Fone-fax 032-98833-7671
    vidacont@gmail.com

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  14. Retirado da Internet.

    Um dos maiores mistérios no Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) é a origem do "Zum Zaravalho", brado-de-guerra dos Colégios Militares. Iniciado no CMRJ em época imprecisa, foi estendido a todos os demais Colégios na década de 90, sem que ninguém ainda tenha descoberto seu real significado.
    A partir de 2004, com o surgimento das mídias sociais e, em particular do Orkut, passou a haver uma grande interação entre alunos e antigos alunos dos CM em todo o Brasil, com temas variados. Um deles, foi a origem do Zum Zaravalho.
    Entre 2006 e 2008, foi criada uma estória a respeito que, rapidamente, foi difundida pelo Orkut e por e-mail. A estória de Henrique Zaravalho, um pretenso soldado gaúcho que, durante a Guerra do Paraguai, teria morto milhares de índios paraguaios de maneira bárbara.
    Em síntese, para não cansar quem está lendo, recuperei a estória original ainda de uma postagem no Orkut em 2008, que está em uma das fotos. Ela não deixa dúvidas sobre a brincadeira que foi feita por alguém com muita criatividade.
    Por volta de 2015, um antigo aluno do CMRJ teria feito uma “bela” ilustração sobre o caso do "Soldado Henrique Zaravalho", que está sendo repassada e tomada como verdade, confundindo muitos alunos e antigos alunos que desconhecem a origem da estória.
    Assim, é preciso deixar clara a sua origem: trata-se de um verdadeiro hoax (pulha, enganação, boato) de Internet! Não tem nada de real!
    O Cel Francisco José Mineiro Junior, antigo professor no CMCG e historiador, nos escreveu apresentando uma versão para a origem do mistério:
    "Recebi um documento da DEPA no final do ano passado que explicava a seguinte origem para o grito de guerra:
    O grito de guerra foi criado a partir da proposta de um certo Tenente Japyr, que em 1928 era professor de Educação Física do CMRJ, e treinava as equipes desportivas. Por ocasião do treinamento da equipe de futebol para o campeonato colegial daquele ano, pediu aos alunos para criarem um grito de guerra. E saiu o “Zum Zaravalho”, sem métrica, sem rima e totalmente sem significado. São sílabas soltas, um símbolo criado apenas para animar a torcida. Com o tempo, o CMRJ adotou oficialmente o grito de guerra, que se espalhou pelo sistema. Hoje está firmemente incrustado nas tradições dos Colégios Militares.
    Acho bastante crível esta versão, e já vi referências ao grito em textos de ex-alunos da década de 1940.
    Espero ter contribuído.
    Zum zaravalho"
    Apesar dessa versão, restam ainda sérias controvérsias, não só quanto ao significado, mas principalmente sobre a época de início do brado no CMRJ. Por exemplo, quando o General e historiador Nélson Werneck Sodré lá estudou (1924-1930), não havia esse brado. Comentando sobre o tema, relatou que a manifestação existente era o "zum", feito de boca fechada quando era proibido falar.
    Portanto, por esse testemunho histórico, a tese sobre o Ten Japyr ter iniciado o brado em 1928 é posta em dúvida, a não ser que tenha ficado adormecido por alguns anos e, que alguém, posterior ao tempo do Gen Nélson Werneck Sodré, tenha o recuperado e disseminado no CMRJ nos anos seguintes.

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  15. Essa história não é real, mas criada em 2008, já no Orkut. Foi, possivelmente, uma brincadeira criativa.

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