terça-feira, 17 de março de 2015

Nicodemus

 
 
 
 

 


Uma das tradições praticadas pelos doze Colégios Militares (CM) é a presença do carneirinho branco que, nas formaturas em que os alunos estão presentes, desfila conduzido pelos menores alunos do 6º ano.

Os três CM mais antigos - Rio de Janeiro (1889), Porto Alegre (1912) e Fortaleza (1919) - acusam esta tradição desde suas fundações. Os da 2ª expansão - Belo Horizonte (1955), Salvador (1957), Curitiba (1958) e Recife (1959) - assim como os da 3ª - Manaus (1971) e Brasília (1978) - e os da 4ª e última expansão - Juiz de Fora, Campo Grande (1993) e Santa Maria (1994), receberam a tradição.
Resta saber o porquê do apelido "Nicodemus". Uma hipótese é que o nome faça referência ao General César Augusto Nicodemus de Souza, que dirigiu a Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA) - órgão criado em 1973 para a coordenação dos Colégios Militares - e que empreendeu grande esforço de uniformização dos mesmos, transportando e sistematizando tradições de um Colégio para o outro.
Mas como estão, hoje, todas estas tradições, todos estes símbolos, todas estas marcações nos corpos, seja nos gestos, seja nas vestes? Como os alunos - em particular os do CMRJ, foco de nossa pesquisa - tratam os componentes mais materiais da identidade dos Colégios Militares?

Fabio Freire